Essa é uma equação muito difícil de se resolver. Mesmo os matemáticos mais experientes, como o meu dileto professor Renato Batista, talvez tenham muita dificuldade em resolver corretamente esse problema. É que não se trata de uma equação em que as regras ou normas de resolução são simples e diretas. Saber quem mais sofre quando está em jogo a vida de um ser humano preso à dependência das drogas é tão difícil quanto saber quantas estrelas há no céu. A gente pode até estimar, mas só Deus tem a verdadeira resposta.
O sofrimento do jovem dependente é muito grande e desesperador. Durante as muitas fases da dependência a vontade de ser livre é patente, mas a droga é mais forte e vai, aos poucos, minando as forças que impulsionam a vontade de se libertar. A sensação de liberdade que induz ao uso como algo agradável e prazeroso, dá lugar à sufocante necessidade de se usar e ser usado pela droga sem dó nem piedade. Nesse momento já não há uma linha clara separando vontade e autocontrole. A droga é o motor e o acelerador na vida do dependente.
Na mesma história e no mesmo ambiente encontra-se a família. Nessa situação ela não sofre apenas enquanto instituição, mas principalmente como geradora daquele ser que hoje perdeu sua identidade filial e seu sentido de pertença. É triste a dor da mãe ao fitar seu filho ou filha sem que tenha o direito de abraçá-lo e sentí-lo amavelmente. Uma tristeza que se traduz como um parto forçado pela crueldade da droga que, de sobra, leva consigo o fruto dessa separação.
Por isso podemos concluir que não há um resultado matemático nessa equação. O que existe são sofrimentos diferentes e em dimensões incomparáveis. Sofre mãe, sofre pai, sofrem filhos e filhas, sofrem esposos e esposas. E, por fim, ninguém ganha com a drogadição! Só Deus sabe quem sofre mais. Mas não importa quem seja. O mais importante é a luta para mudar essa triste realidade de milhares e milhares de famílias. E você pode fazer a diferença. Ajude! Saia do seu conforto e faça parte dessa história!
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5 comentários:
É mesmo tudo verdade isso.eu mesma tenho um caso na minha familia e quem sofre mais nisso eu penso que é a familia,pois a pessoa que estar sendo usuário das drogas estar tão cega que nem se preocupa com nada,mas a familia vendo que isso estar acontecendo sofre muito e se preocupa demais com isso.adorei esse trabalho desse escritor e ate tirei para colocar no meu trabalho de escola.
que deus te abençoe.
Bom não gosto de falar muito em drogas,pois a gente fica meio sem graça pois ñ são todos que usam e sim a maioria,isso é vergonhoso pois todo mundo sabe que isso faz mal mas só de cabeça dura que usa mas essa pessoa ñ tem consiência do que esta fazendo ou usando......
Espero que essa pessoa tenha idéia de em que mundo esta entrando......
muito bom esse blog
Belo post Galvão, muito bem colocada cada palavra. É muito complicado medirmos o sofrimento das pessoas, o que posso dizer como quem sentiu na pele este sofrimento durante 10 anos, é que não queiram estar na pele de um usuário de drogas. Meu Deus! Como eu sofria, sofria muito por estar naquela condição e sofria mais ainda por ver minha família, minha mãe sofrerem. Gostaria de fazer um convite ao Galvão, Pamella e Natalia que visitem o meu blog Lamentos de Uma Depenência, onde estou contando toda minha história e experiências que tive em quanto era consumido pelo crack, creio que dará a todos vocês uma nova visão, e tentar se colocar no lugar de quem esta no olho do furacão. Hoje em dia fazem outros 10 anos que sou livre e muito feliz! Um grande abraço a todos!
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