ELEIÇÃO SALADA
Francisco GALVÃO Freire Neto-Pedagogo/Palestrante, Diretor-Presidente da ADESE
Eu estava conversando com um grande amigo meu, que é candidato a um cargo eletivo nessa eleição, e me chamou atenção a entrevista que ele dava para um jornalista. Na entrevista ele falou sobre seu posicionamento diante dos outros candidatos. E, também sobre os partidos que ele apoiava ou não. Na verdade, ele tanto apoiava quanto não apoiava. Entendeu? Se não entendeu, não se preocupe! Pois nem ele entendia o que falava.
Algumas partes da conversa eram até engraçadas. Quando o jornalista lhe perguntava sobre quem seria o seu candidato ao governo do estado. Ele dizia: Bem, o meu partido decidiu apoiar tal candidato. Então é assim: Eu vou trabalhar, enquanto partido, para esse tal candidato. Mas como pessoa eu voto no outro candidato. Já para deputado, eu deixo o meu eleitor bem à vontade. Se ele quiser votar em mim e num candidato que eu ainda não sei quem é, tudo bem. Se não quiser, ele pode votar em mim e num outro candidato que eu ainda também não sei quem é. Era uma verdadeira mistura de deixar qualquer um louco. Não tem eleitor que consiga entender. É um verdadeiro labacé!
Agora, imagine como fica a cabeça de um eleitor comum, de pouca escolaridade, mas de muito discernimento. Digamos que o eleitor até goste de um determinado candidato a deputado. O candidato pede seu voto, ele diz que sim e pergunta:
- E pra senador, em quem o senhor quer que eu vote?
- Bem! Diz o político: Pra senador o senhor pode votar em qualquer um.
- Mas o partido do senhor não tem um candidato a senador? Pergunta o eleitor.
- Tem sim, mas eu não voto nele não!
- Como assim? Pergunta o eleitor, mais confuso do que Parreira no jogo Brasil e França.
- Bem, é que o candidato a senador do meu partido é apoiado pelo meu adversário. Assim, eu apoio o candidato do partido do meu adversário que não recebe apoio do meu adversário.
- E pra governo do estado? Pergunta o eleitor, tentando entender.
- O senhor pode votar em qualquer um. Eu apoio todos! Responde o político.
- Como assim?
- É que as bases do meu partido são a favor de tal candidato, mas a elite política que dirige o diretório prefere o outro. Aí, nós ficamos livres para escolher aquele que o eleitor achar melhor ou mais bonito. Entendeu?
- Não! Responde o eleitor.
- Eu também não! Completa o candidato. E pra encerrar essa nossa conversa, por favor não me peça pra explicar mais nada não! Senão, eu desisto de pedir o seu voto!
Pois é amigo(a) leitor(a), mesmo sendo um diálogo fictício, é assim que está se configurando a campanha eleitoral deste ano. Uma verdadeira salada de frutas. Uma salada, que pela capacidade culinária de alguns candidatos, pode provocar muita indigestão. Isso porque, nós sabemos que uma salada bem feita tem suas frutas devidamente combinadas. Isto é, tem fruta que não cabe junto com outras. É preciso saber a combinação certa. E nessa campanha política tem muita fruta que não cabe onde está se colocando. Eu diria que tem até fruta que já está estragada, mesmo antes da salada ficar pronta. Tem umas que estão vencidas desde eleições anteriores. E tem outras que mesmo estando dentro do prazo de validade, não prestam para o consumo por se apresentarem numa embalagem fraca e sem sustentabilidade.
É preciso que nós eleitores fiquemos muito atentos durante o processo eleitoral deste ano. Esta, sem dúvida, será uma eleição atípica. Pode ser a grande oportunidade que esperávamos para saber quem tem ou não coerência política. Como as misturas são permitidas, vejamos quem sabe misturar melhor. E como não temos muitas alternativa, procuremos degustar aqueles que nos ofereçam saladas sem exageros de frutas. E tome antiácido!
7 comentários:
Nessa propaganda da inauguração da escola presidente kenide em caicó existe duas irregularidades gritantes. Primeira: Numa nota oficial de uma prefeitura, não se pode mencionar o nome do gestor, isso é proibido por lei. E a outra é que a partir do dia 03 de julho tá proibido pela lei eleitoral, os shows pagos com dinheiro público, em inauguração.
Quem quiser saber toda a história de um dos mais tristes episódios da política do RN, que foi o escândalo do RABO DE PALHA, que ocorreu no ano de 1985 aqui no estado do RN é só entrar nesse link: http://www.bancariosdf.com.br/bancariosdf/index.php?option=com_content&task=view&id=2740&Itemid=93
Quem quiser saber toda a história de um dos mais tristes episódios da política do RN, que foi o escândalo do RABO DE PALHA, que ocorreu no ano de 1985 aqui no estado do RN é só entrar nesse link: http://www.bancariosdf.com.br/bancariosdf/index.php?option=com_content&task=view&id=2740&Itemid=93
É fácil é só analizar individualmente cada canditato, se o indecente faz parte da tal salada não vote. imagine que tem salada por aí que até jirimum, você acredita nisso?
Joedilson.
Galvão, acho que a ADESE deve convidar todos os candidatos ao governo do estado, e não apenas os três que representam as oligarquias do RN. Todos os candidatos terão votos de eleitores na região do Seridó, por isso é importante que todos os candidatos ao governo do estado sejam convidados para o seminário da ADESE, até porque, dessa forma o seminário será mais democrático e ético.
O RN faz parte do Brasil, e o nosso País melhor muito nos últimos oito anos, mas, Iberê não quer nacionalizar a campanha, porque com isso, seu amigo do peito, Agripino, corre o risco de perder a eleição para o senado. Por isso Iberê não quer nacionalizar a campanha.
O político que compra votos, não precisa falar nada para que o eleitor saiba quem ele é: Só o ato da compra de votos já diz tudo.
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