NOTA A POPULAÇÃO DE CAICÓ, AOS MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS E AO POVO SERIDOENSE.
POR QUE O PARTIDO VERDE-PV NÃO TEM CANDIDATO PRÓPRIO EM CAICÓ.
UM PV QUE NINGUÉM VER.
Antônio Neves de A. Filho - Membro da Comissão Provisória do PV em CaicóA fragilidade orgânico-partidária em que o PV se constituiu em todo o Rio Grande do Norte, no que se transformou em nada mais que numa rede de transmissão de interesses familiares da nova oligarquia que se formou a partir da conquista da prefeitura do Natal, tem obstaculado em muito o crescimento democrático, orgânico e independente deste partido no âmbito de todo o estado. O sonho de vê-lo transformado em um partido de verdade, foi atropelado, ao percebê-lo se tornar apenas, numa legenda viciada, como a maioria das demais, na insipiente democracia partidária brasileira.
Deste o momento que buscamos construir o PV em Caicó, o nosso propósito sempre foi o de promover o debate político e o diálogo permanente e aberto com as forças populares e sociais no município, no intuito de construir um projeto político alternativo que aponte para as mudanças e transformações sociais que o povo caicoense tanto almeja e que, há 40 anos espera poder construir para se libertar do mando dos neo-coroneis com trabalho, emprego e renda, igualdade de oportunidades, desenvolvimento com sustentabilidade econômica e ambiental, escola, educação, cultura, lazer e saúde na cidade e no campo, a partir da concepção de uma administração pública voltada para o interesse e as necessidades mais fundamentais do povo, sem descriminar cor, raça, credo, posição social, unificando idéias e opiniões em prol de uma cidade mais humana.
No momento em que se avizinhou o processo político-eleitoral de 2010, e com ele as proposições de candidaturas para os cargos eletivos, alianças e coligações, o PV, na sua direção estadual, nada mais fez do que priorizar os interesses do grupo partidário da capital, ceifando o debate democrático nas instâncias dos diretórios municipais e regional, obstaculando e inviabilizando as candidaturas de importantes quadros nos principais centros políticos do interior, a exemplo de Caicó, e numa atitude de vergonhosa apropriação de uma legenda partidária, passou a servir unilateralmente aos interesses do que há de mais conservador, oligárquico e atrasado na política norte-rio-grandense, que foi a adesão por gratidão e subserviência ao grupo do DEM agripinista e S/A, associados ainda aos interesses do grupo midiático residentes no PV natalense.
Tal cenário foi peça de conveniências que de forma intencional impediu que o PV de Caicó viabilizasse em 2010 a candidatura do empresário José Rangel de Araújo a uma cadeira na assembléia legislativa, uma vez que nas eleições anteriores (2006/2008) o mesmo deu provas de significativa densidade eleitoral e liderança regional, fato que o credenciou para a disputa eleitoral em 2010, condições estas que foi ignorada pela direção estadual, excluindo os diretórios da região do Seridó, principalmente o de Caicó, das discussões que se antecederam à convenção estadual do partido, que deveria ter servido de um espaço democrático para o fortalecimento do projeto partidário, e não, para ratificar os interesses das envelhecidas figuras da política oligárquica do RN combinadas com o aparelhamento partidário para fins eleitoreiros pessoais, visando garantir somente a sobrevivência política de alguns poucos, em detrimento da força conjunta da maioria.
Se por um lado, o PV estadual negou os princípios da democracia interna partidária, _ se é que isso existiu algum dia! _ Pelo outro, o comitê municipal de Caicó, por parte de alguns de seus membros, demonstra total incompreensão do cenário político que nos envolve, rastejando na fragilidade ideológica, na carência programática e na falta de rumo, sem unidade partidária, formulando apenas uma leitura primária dos aspectos genéricos que envolvem as eleições deste ano, preferindo se deixar levar pelo canto da sereia, onde as cantadas dos mesmos atores políticos do passado têm ressonância nas práticas utilitaristas que os mantém no poder pela apropriação das máquinas governamentais que continuam a serviço desses senhores a décadas. É a contradição entre a quem se condena no discurso e a quem se aplaude nos bastidores. Ao se aliarem aos contínuos alienadores do povo, vendedores das falsas promessas e das conveniências eleitorais do momento, alguns dos quadros da direção da comissão provisória do PV caicoense, como também a direção estadual, servem-se na mesa dos iguais, querendo nos convencer que são diferentes.
O nosso compromisso com o PV foi o da defesa intransigente da construção de um espaço partidário democrático e coerente com as formas do pensamento programático e das bandeiras de lutas saídas das bases populares, do interesse público, da autonomia e independência partidária e da libertação nacional. No entanto, o que obtivemos, principalmente da direção estadual, foi uma conduta de comportamentos tortos, e em diferentes níveis e ambientes, tendenciosos e personalistas, que se fragmentaram nas próprias contradições ferindo a ética e o bom senso, valores tão necessários na vida política brasileira.
Condenamos tais atitudes, que consideramos impróprias e oportunistas e que para nada mais servem, a não ser, para continuar conservando no poder político estadual e na região do Seridó, as velhas figuras que por 40 anos combatemos, mas que a cada eleição se misturam com àqueles que até pouco tempo eram os senhores da ética e da pureza política, e hoje, numa confusão de comportamentos e papéis rateiam o poder numa orgia de interesses que em nada refletem os interesses do povo, o que para nós, é incompatível com o nosso ideal libertador.
Não somos sob nenhum argumento, politicamente fieis aos interesses individuais e unilaterais dos grupos do PV da capital ou de onde quer que seja, somos sim, fieis a atitudes e posições políticas éticas e coerentes com os princípios partidários advindos dos anseios da maioria do povo.
Somos por um PV para todos.
Caicó/RN 04 de agosto de 2010.
4 comentários:
Gostaria de que o Senhor Antônio Neves, como presidente do sindicato, se empenhasse para que as pessoas aprovadas no concurso da prefeitura e que não foram chamadas, fossem o mais urgente possivel chamados para assumir seus cargos. Essa solicitação é feita, não somente por Antonio ser presidente do sindicato, mas, tambem, por ele ter participado da comissão do concurso. Cadê o Ministerio Público do Trabalho que não se manifesta?
Pense num negócio MORGADO é a pessoa ir pra frente de um palanque de comício, e ficar lá parado, feito um pateta, vendo um politiqueiro conversar uma ruma de asneira... E o pior é que muitos desses politiqueiros são verdadeiros papudinhos, vivem nos bares enchendo a cara de cachaça. Pense nuns representantes do povo bacanas.
Galvão, seria importante que as rádios de caicó retransmitissem o debate entre os governadoráveis, haja vista, a band natal não ter o seu sinal em caicó. Seria uma oportunidade das rádios prestar um grande serviço a coletividade. Abraços.
Esse Antonio é uma figura mesmo... Pula de Partido assim como macaco pula de galho. E ainda se acha o poço do ideologismo revolucionário. Nada melhor para deixar esse caboco quieto do que deixar-lo um pouquinho mais pesado com algumas moedas no bolso.
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