PACÍFICOS OU ACOMODADOS?

Postado por GALVÃO FREIRE | 1 comentários»
Às vezes eu me pergunto se nós brasileiros somos um povo pacífico, como dizem, ou se somos mesmo é acomodados. Ou quem sabe até apáticos diante de coisas e situações sérias e por vezes, altamente dramáticas.
Penso que, por parte dos que aqui atracaram e impuseram sua cultura à custa de muito sangue e lágrimas, somos os políticos que nos fazem de bestas, bobos e incapazes. Que roubam a nação porque sabem que as leis, pelo menos para eles, são brandas e não são cumpridas, quando se arriscam a serem justas e ríspidas. Somos os bandidos que roubam, matam e estupram nossas crianças e adolescentes. Somos os traficantes que tiram a vida de milhões de jovens e destroem outros milhões de lares e famílias. Somos os madeireiros que arrancam sem dó nem piedade as árvores seculares que precisamos para manter nosso planeta vivo e em condições de habitabilidade.
Mas também penso que, por parte dos que aqui se encontravam na época do "descobrimento", nos acostumamos, ainda que a duras penas, a aceitar as situações que nos são impostas no dia-a-dia. Acostumamo-nos e perdemos a capacidade de nos indignarmos com a corrupção e a violência. Duas irmãs de sangue que sugam as forças das pessoas mais simples e humildes desse país. Não nos indignamos mais com as mortes prematuras de crianças e adolescentes envolvidas e absorvidas pelo tráfico de drogas. Ainda votamos nos mesmos políticos que na eleição passada mentiu descaradamente, prometendo o que não podiam cumprir. E o pior é que às vezes ainda fazemos campanha em favor desses malfeitores da humanidade. Não nos indignamos com as injustiças sociais que privilegiam os que nada fazem, ou fazem muito pouco, em detrimento dos que se matam de tanto trabalhar em troca de um mísero salário que mal dá para comprar a comida necessária para mantê-los saudáveis.
Por tudo isso e muito mais, eu me pergunto: Até quando suportaremos o peso da obesidade social? Afinal, nós somos pacíficos ou acomodados? E para que o(a)amigo(a) leitor(a) não pense que estou me isentando como quem aponta o dedo, eu quero dizer que sou igualmente parte desse Brasil bonito, que precisa acordar e sair e se levantar do "berço esplêndido". Escrito por GALVÃO FREIRE – Pedagogo e Palestrante

1 comentários:

Unknown Says:

EU, PARTICULAMENTE ACHO QUE AINDA CULTIVAMOS A CULTURA DO INDIVIDUALISMO, NÃO ESTÁ ME ATINGINDO O POVO QUE SE DANE..