Blog de GALVÃO

Todos os meios de comunicação do mundo estampam em seus jornais e outros veículos de informação que estamos vivendo a maior crise econômica dos últimos séculos. E é claro, ninguém duvida disso. Estamos sim, vivendo uma crise sem precedentes. Queda nas bolsas, desempregos em massa, baixa produção, queda nas vendas e, muita, mas muita choradeira dos grandes conglomerados econômicos que não admitem ganhar menos do que ganham.

Tudo o que se vê é fruto de uma política econômica voltada para o lucro em detrimento da vida e da dignidade das pessoas que o produzem. As grandes empresas mundiais, as que mais sofrem com os efeitos dessa crise não estão preocupadas com a vida ou o emprego de seus colaboradores, mas sim com suas próprias vidas de ostentação e luxúria. Tanto é verdade que a primeira medida pensada é demitir. mesmo que isso custe o sofrimento e a fome de famílias inteiras, inclusive as criaturas mais amadas por Jesus, as crianças.

Um forte elemento causador desse desequilíbrio econômico nas grandes empresas é que elas são forjadas para produzirem "aqui" para venderem "lá". E quando "lá" não compra, o acúmulo da produção vira um problema sem solução a curto prazo. Dessa forma a globalização não se mostrou tão eficiente do ponto de vista da economia o quanto se pregou. A dependência dos mercados se mostrou nociva e mutilou a competência dos pequenos grupos encontrarem saídas para o escoamento da produção. A produção se departamentalizou de tal forma que nenhum produto é produzido sem a participação "on line" de diferentes mercados. A sua TV de fabricação nacional não existe sem as peças de outras nacionalidades. Com isso ninguém sabe mais fazer um produto, mas apenas parte dele. Tudo está intimamente imbricado.

E qual a saída? Taí uma pergunta cabulosa! Mas sem a pretenção de fornecer uma receita pronta e um remédio eficaz, eu arriscaria dizer que precisamos rever essa lógica da dependência dos mercados. Temos que encontrar um meio termo em que a participação dos mercados se dê mais no campo da complementaridade e da ampliação. A produção deve ser um meio e não um fim em si mesmo. E, mesmo a contragosto da administração racional, a solidariedade deve ter seu espaço de discussão e lugar garantido na divisão dos lucros e dividendos. Vamos desglobalizar a economia e globalizar a paz e a solidariedade entre as nações!!